
ABARA
Que diabos é isso mesmo?
Acabei de ler Abara, novíssimo mangá publicado pela Panini Comics e que chegou às bancas esta semana, e confesso que ainda não entendi a saga maluca criada pelo japa Tsutomu Nihei.
A trama começa num mundo caótico, marcado por estruturas gigantescas compostas por prédios menores, como um mercado marroquino sobreposto a montanhas de rochas lisas, sei lá.
Um operário de uma usina de óleo é contatado por uma garota misteriosa que o avisa da atividade de um Gauna Branco - seres animalescos, extremamente fortes e grandes, formados por ossos em volta do corpo.
O cara então se revela um Gauna Negro, uma versão humana dos bichões, que manipula os ossos como armaduras e armas, e parte para enfrentar a criatura que devora seres humanos barbaramente.
Logo, uma trama maior é mostrada e outros Gaunas aparecem para complicar mais a história e matar a fome.
Nihei mistura ficção científica com sobrenatural e narra sua história sem pressa, apavorando o leitor em alguns momentos, seja pelo enredo, seja pela visual violento e explícito.
Aliás, a arte de Nihei é fabulosa, misturando rascunhos a desenhos mais elaborados e há uma constante na história que ressalta a sujeira proveniente de vísceras e ossadas. É profundo mesmo. Dá a impressão de que o cara quer contar algo mais o tempo todo.
A série é bimestral e terá apenas dois volumes.
Ah, só pra constar, Abara significa Costela em japonês.
Abara
Formato: 13,7 x 20 Cm
200 páginas
R$ 9,90
Comentários