Star Trek
Onde Nenhum Trekker Jamais Esteve
Longa honra e eleva a uma nova categoria a série criada por Gene Roddenberry

Acabei de assistir a Star Trek e confesso que fiquei tão impressionado que bateu uma vontade imensa de comprar todos os boxes da série clássica na mesma hora.

Os fãs podem respirar aliviados e os não iniciados podem comprar o ingresso sem medo. Star Trek é o melhor exemplar cinematográfico da série de TV criada nos anos 60 e não só cria uma nova mitologia, como mantém o elo com tudo o que já foi feito até agora.

Agradeça ao roteiro bem elaborado de Roberto Orci e Alex Kurtzman, que usa e abusa de referências e homenagens e, ao mesmo tempo, dá uma injeção de ação e aventura praticamente escassas em todas as produções anteriores.

Mas engana-se quem pensa que a ação é o único elemento diferencial deste filme. A emoção talvez seja. Star Trek prende você na cadeira logo nos primeiros dez minutos, bem cronometrados, com uma sequência dramática de tirar o fôlego e fazer chorar.

E talvez esse seja o grande mérito do filme de J.J. Abrams - fazer com que você se apaixone por cada um dos personagens, sem exceção.

Mais que entretenimento O elenco está tão bem caracterizado e os atores tão à vontade, que até parece uma reunião de veteranos. Chris Pine e Zachary Quinto (o Sylar de Heroes) roubam a cena como a dupla Kirk e Spock, que se antipatiza logo de cara, mas o restante segura a bola muito bem.

Enquanto Karl Urban encarna um dr. McCoy praticamente idêntico ao sa série original (inclusive nas expressões faciais), Zoe Saldana, John Cho e Anton Yelchin dão um frescor aos personagens Uhura, Sulu e Chekov como nunca se viu.

Eric Bana (Hulk, Tróia) está simplesmente assustador como o romulano Nero, o grande vilão do filme, que planeja destruir o planeta natal de Spock e acabar com a Terra. Apenas com um olhar, o cara consegue gelar as veias de qualquer um.

Lá pelas tantas, o veterano Leonard Nimoy surge para batizar a película e, surpresa, não é só com uma aparição ao estilo Stan Lee, mas com um papel importantíssimo na condução de toda a história, o que abre caminho para muitas e muitas adaptações.

E o que dizer da U.S.S. Enterprise? Perfeita. E o salto à velocidade da luz? Prepare-se para perder o fôlego. E as cenas espaciais? Sem comentários.

Em seu segundo trabalho como diretor de cinema, J.J. Abrams mostra experiência e controle absoluto sobre roteiro, produção e direção de atores, o detalhe que faz de uma superprodução como essa algo mais do que o entretenimento vazio - uma qualidade comparável a de mestres como Steven Spielberg. Não é pouco.

Vida longa e próspera a todos. \\//

Comentários

Kal-Leo disse…
Pô, vi o filme esta semana e achei poderoso. Muito acima da média. Virei fã da série agora. Saí do cinema querendo ver de novo. Bom mesmo, recomendo.

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