Nas Bancas!
Liga da Justiça - O Décimo Círculo
Especial reúne dupla que fez sucesso com X-Men

O encadernado DC Especial Liga da Justiça, lançado há algumas semanas, reúne pela primeira vez depois de muito, muito tempo, o roteirista Chris Claremont e o quadrinhista John Byrne, a dupla que transformou os mutantes da Marvel no sucesso que são hoje.

Claremont e Byrne foram responsáveis por histórias fantásticas, como a Saga da Fênix Negra (adaptada parcialmente em X-Men 3), Dias de Um Futuro Esquecido, Clube do Inferno, sóm para citar algumas.

Depois de algumas desavenças durante a produção do último arco de histórias em que atuaram juntos, Byrne se mandou para o título do Quarteto Fantástico (recém lançado em volume especial pela Panini), onde fez um enorme sucesso, e depois partiu para a concorrente DC Comics, onde reformulou o Super-Homem.

Claremont continuou com os X-Men e proseguiu com o sucesso do título, alternando desenhistas razoáveis e fabulosos. Mas a revista nunca mais teve o brilho da época em que tinha parceria com o artista canadense.

Resumindo...
Claremont e Byrne foram reunidos no ano passado pela DC Comics para produzir um arco de histórias para a revista da Liga da Justiça. O resultado foi O Décimo Círculo, publicado agora pela Panini Comics em formato de encadernado e ao preço salgado de R$ 14,90.

Aí, você pergunta: "Vale a pena"? E eu respondo na lata: "Guarde seu troco para coisa melhor". Para quem acompanha o trabalho dos dois, não é surpresa alguma que este arco de histórias seja uma porcaria, mas ser tão ruim surpreendeu até a mim (eu costumo ser generoso com quadrinhos).

A trama de O Décimo Círculo se resume a um plano de um vampiro chamado Crúcifer (pode rir), rídiculo visualmente, para trazer a este mundo seus mestres. Ele lidera um grupo de dominados que sequestra crianças nas ruas de Metrópolis para servirem de alimento e escravos para o momento exato da volta dos vampirões.

Parece legal? Mas não é. Logo de início, o Super-Homem é dominado por uma piveta telepata e o tal Crúcifer morde o homem de aço e toma sua vontade - isto significa que o Super vai estar fora da história o arco inteiro. Vários plots tentam dar destaque aos personagens individualmente e a Patrulha do Destino (lembra dela?) aparece como que pela primeira vez - sim, a história também serve de alavanca para o relançamento do grupo mais sem graça da DC.

No mais, aquele estilo antiquado de fazer quadrinhos (textos explicativo, personagens descrevendo a ação) vai fazer você relembrar de como não eram tão bons assim os velhos tempos. A arte de Byrne está preguiçosa e tem um auxílio de um velho colega dos tempos de Superman, Jerry Ordway, o que deixou a revista com mais cara de vovó.

É sério. O que era para ser um encontro de mestres se tornou uma história que não prende, apesar de ser bem escrita, e que não empolga, apesar de ter bons desenhistas. Para se ter uma idéia, levei quatro dias para lê-la por completo.

Quer uma sigestão? Junte mais alguns trocados e compre o DVD Liga da Justiça - Escrito nas Estrelas. Esta sim, uma grande aventura dos maiores heróis da DC, com todo o respeito que eles merecem.

Ah, não é HQ? Tudo bem, a gente nem percebe direito mesmo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog