Filmaço!
O Orfanato
O melhor terror dos últimos tempos?!

Dirigido primorosamente pelo espanhol Juan Antonio Bayona, O Orfanato é uma co-produção Espanha/México produzida por Guillermo del Toro, diretor de O Labirinto do Fauno, que usou seu nome para divulgar o filme em Cannes e nos EUA no ano passado.

Com uma injusta carreira meteórica nos cinemas brasileiros (estreou em 7 de março), O Orfanato é simplesmente o filme de terror mais sensacional dos últimos tempos, sem exageros.

A trama agrega elementos de pelo menos dois clássicos do terror moderno, Poltergeist e Os Outros (numa comparação rasteira) e mostra a busca de um casal por seu filho de sete anos, desaparecido durante sua festa de aniversário, na mansão onde funcionou o orfanato em que sua mãe crescera.

Traços de O Iluminado, tanto o livro de Stephen King quanto o filme de Stanley Kubrick, podem ser encontrados por um polhar mais atento. Os corredores assustadores da mansão lembram os do Hotel Overlook e o fato de o garoto Simón conversar com um amigo imaginário pode ser entendido como uma homenagem direta ao romance.

O elenco é fenomenal, com destaque para a atriz Belén Rueda e para o garotinho Roger Príncep, que interpretam mãe e filho, respectivamente.

Contar qualquer coisa sobre o filme pode estragar as surpresas - e são muitas. Vale dizer que o roteiro inteligente nos mantém na dúvida o tempo inteiro e que o filme transita entre terror psicológico e o sobrenatural com maestria, até chegar a um final surpreendente.

Para os mais antenados, a atriz Geraldine Chaplin faz uma participação espetacular, como uma parapsicóloga, ao lado do mexicano Edgar Vivar, mais conhecido pelas bandas brasileiras como o Senhor Barriga, da série Chaves.

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