
conferido!
Planet Terror
Tentativa de homenagem ao cinema trash rende um original
Eles estavam certos! Planet Terror é uma porcaria, piece-of-crap, lixo total! "Eles" são a imprensa americana, que detonou a metade mexicana de Grindhouse, sessão nostalgia do cinema trash dos anos 70 e que tinha do outro lado da moeda À Prova de Morte, de Quentin Tarantino.
É até covardia comparar os dois filmes. Enquanto Tarantino conseguiu fazer um filme dos anos 2000 que parece ter sido rodado nos idos dos saudosos 1970, Robert Rodriguez conseguiu a proeza de produzir um trash de verdade.
No farrapo de história, um gás experimental negociado entre mercenários e militares escapa ao controle e transforma qualquer um a que seja exposto em zumbi (originalíssimo, não?!). Os mortos-vivos seguem até a cidade mais próxima, onde o grupo de personagens mais sem graça da história do cinema espera seus momentos finais.
Há quem goste. Mas ausência de roteiro, "defeitos" especiais, atuações medíocres, diálogos inexistentes, sinfonia de pus e mau-gosto do início ao fim não me agradam muito. Numa cena, um garoto de seis anos recebe um revólver da mãe para se defender do pai e acaba dando um tiro na própria cabeça. É muito sem noção e completamente sem propósito.
Mas há quem diga que o valor do filme é justamente esse - ser um trash de verdade.
Já eu, prefiro dizer que Rodriguez é um protótipo de cineasta. O cara, simplesmente não sabe dirigir. O melhor trabalho dele ainda é aquela porcaria feita com seis mil dólares apenas e uma câmera de mão, El Mariachi. É ali, naquela produção de décima-quinta categoria que repousa a arte deste mexicano que deu sorte de ser amigo de Tarantino.
No mais, nessa apologia da escrotidão, participações especiais dispensáveis, de Bruce Willis a Tarantino (pagando o maior mico de suas vidas), e a certeza de que você jogou fora 16 reais e duas horas de sua preciosa vida.
Lixo total! Passe longe ou recomende para aquela pessoa que você detesta.
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