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Homem-Aranha e Quarteto Fantástico
Panini lança encadernados de Luxo de ícones da Marvel Comics
O leitor de quadrinhos brasileiro tem que dar o braço a torcer para a Panini Comics. A editora italiana não só tomou o mercado nacional como também dita hoje o padrão de qualidade para publicações de luxo.
E parece que não tempo ruim para os editores, já que as edições luxuosas estão saindo a rodo - com um certo atraso, é bem verdade, mas a qualidade e a quantidade remediam tudo.
Depois do excepcional encadernado Os Supremos, a obra que não pode faltar na estante de qualquer leitor de quadrinhos que se preze - marvetes, então, nem se fala - é Biblioteca Marvel, saindo de cara já com duas edições de capa dura estreladas por Homem-Aranha e Quarteto Fantástico, ícones da editora americana.
O que se vê em Biblioteca Marvel: Quarteto Fantástico e Biblioteca Marvel: Homem-Aranha são as primeiras edições de suas publicações originais, sem maquiagem, com suas cores bidimensionais e defeitos mil (sim, eles existem).
Na edição estrelada pelos quatro pioneiros dos quadrinhos da Marvel, temos as dez primeiras edições de Quarteto Fantástico, escritas pelo mestre Stan Lee e desenhadas pelo lendário Jack Kirby. A primeira aparição de Destino, dos Skrulls, a ameaça de Namor, o surgimento de Alícia Masters e seu tio, o Mestre dos Bonecos, e mais algumas tramas que fizeram história.
É interessante ver que a revista, que começou bimestral, apresentou os heróis sem o tradicional uniforme e sem a parafernália comum nos dias de hoje. É só na terceira edição a equipe aparece travestida de azul e voando por Nova York em seu fantasticarro.
Mas a trama original é uma piada. Reed Richards projeta um foguete para os americanos e, por medo de perder a corrida espacial para os comunistas (é verdade!), ele, a namorada, o cunhado e o melhor amigo embarcam escondidos para o espaço.
Nada de explicações científicas ou de como entraram numa base aérea e roubam uma espaçonave secreta - nem mesmo um deles é piloto de nada. Pura piada para os padrões atuais.
Mas a força do texto de Lee não está nos detalhes científicos, mas sim na sua capacidade de sintetizar problemas factuais e retratar seus personagens como seres humanos, a despeito da premissa fantástica.

Ditko é perfeito, mostrando Peter Parker como um adolescente dos anos 60. Quando o estudante veste o uniforme (diga-se de passagem, o melhor uniforme de super-herói já criado), a timidez e a fragilidade somem, dando lugar a um personagem tão heróico quanto se pode ser.
Não há muito a acrescentar sobre o Homem-Aranha que todo mundo já não saiba. O encadernado apresenta sua origem, extraída da revista Amazing Fantasy, de onde partiu para uma revista solo, ainda com pouco crédito - tanto que teve a participação do Quarteto Fantástico logo no início, os dos donos do pedaço na época.
Nas primerias edições, algumas aventuras improváveis para o Aranha de hoje, mas nada que a nostalgia não cure. E estão lá também a base dos problemas de Peter: a sempre doente Tia May, o desafeto Flash Thompson, a namorada Betty Brant, o impagável J. Jonah Jameson, bem como os clássicos inimigos Abutre, Octopus, Homem-Areia, Electro e Lagarto.
Belos exemplares para ter na estante e guardar para a geração seguinte.
Biblioteca Marvel: Quarteto Fantástico
260 páginas
R$ 57 em média
Biblioteca Marvel: Homem-Aranha
252 páginas
R$ 57 em média
Comentários
Pensei um dia odiar isso, mas a minha surpresa e que surpresa... foi que a reação foi contrária... amei, adorei e pirei...
Valeu ai!!
Algo novo do Hulk?
Bjão!