
Chega ao Brasil a série All-Star
Após completar um ano de publicação nos EUA, a série All-Star da DC Comics finalmente é publicada no Brasil pela Panini Comics, que detém os direitos dos personagens clássicos da editora americana.
Mas a grande novidade mesmo é que a Panini publica as duas revistas seguindo o mesmo padrão da editora americana, com mesmo formato, número de páginas e papel e colorização de primeira - e precinho agradável: R$ 3,90.
Isso se deve diretamente a quase perda dos direitos dos personagens pela Panini no final do ano passado. A DC Comics manteve seu elenco na editora brasileira, mas exigiu tratamento adequado a um mercado concorrente - lembre-se que a Panini também publica a Marvel no Brasil.
O resultado do puxão de orelha é o que se vê hoje nas bancas brasileiras - além de Grandes Astros e das revistas de linha, há ainda a minissérie Crise Infinita, algumas edições de DC Especial e a maxissérie Justiça agendada para este ano. E a Panini anuncia aos sete cantos que vem muito mais pela frente.
Grandes Astros mostra uma visão idependente dos personagens clássicos da DC, sem interligações com a cronologia oficial dos mesmos em seus outros títulos, e está restrita, por enquanto, a Superman e Batman, os maiores ícones dos quadrinhos de super-heróis. Confira abaixo:
Grandes Astros: Superman
Escrita pelo chapado roteirista Grant Morrison e ilustrada por seu parceiro Frank Quitely, a série tem um falso ar light e retoma as características de ficção científica do personagem, amplamente utilizadas nos anos 70 e esquecidas posteriormente.
No primeiro número, temos um resgate nas redondezas do sol, Lex Luthor decidindo o que fazer de sua vida, uma descoberta aterradora para o homem-de-aço e a revelação de sua identidade secreta para alguém muito especial.
Não é pouco.

Escrita por Frank Miller e ilustrada pelo badaladíssimo coreano Jim Lee, a série é na verdade a versão de Miller para a origem do Robin original, o trapezista Dick Grayson. Qualquer fã de quadrinhos conhece a história de trás para frente, mas Miller cria um ar retrô e apresenta um Batman tão amargurado como nunca foi visto.
Aqui ocorre o contrário da série do Superman de Morrison. Há um tom sério da narrativa ao trabalho de ilustração, mas tudo não passa de uma brincadeira despretensiosa e divertida, como poderá ser comprovado nas edições seguintes.
Vale a leitura e o (pouco) investimento.
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