Cassino Royale
Bond Begins!

James Bond loiro, feio e desprovido de charme? Esse é Daniel Craig, o ator inglês que balançou o coração de Angelina Jolie no primeiro Tomb Raider e ajudou Eric Bana a caçar terroristas israelenses em Munique.

O Eudiário foi um dos primeiros a espaços virtuais dedicados a cinema a reprovar a escolha do novo agente 00 para a refilmagem da primeira aventura da cria de Ian Fleming. Desde as primeiras imagens ao trailer explosivo, nada empolgava.

Mas eis que seu blog favorito se despiu das armas e foi conferir o novo filme de James Bond, Cassino Royale, que estréia na próxima sexta-feira, dia 15, e não apenas aprovou Daniel Craig como o espião a serviço da rainha, como afirma sem medo que este é o melhor James Bond desde Sean Connery.

Cassino Royale não é só o melhor filme de 007 dos últimos tempos, mas também um novo e empolgante começo para a franquia, que apostou numa trama inteligente e num Bond mais humano, inexperiente e cheio de falhas.

O filme começa num preto-e-branco azulado, mostrando a primeira missão de Bond como agente 00. Uma briga no banheiro, ultra violenta, já dá a idéia de que o filme não vai brincar. E não brinca mesmo.

Nada de apetrechos tecnológicos, carros que voam ou ficam invisíveis e nem mesmo as peripécias mais voltadas a um super-herói de quadrinhos. Este 007 é humano na inteligência, na arrogância e na porrada. E apanha muito também - a seqüência da tortura já é clássica.

Para resumir, a trama mostra Bond envolvido numa missão que consiste em capturar um finaciador de terroristas conhecido como LeChiffre. Para tanto, o agente precisa ir para a fictícia Montenegro (trocadilho com Montecarlo), paraíso da jogatina milionária, e acabar com a grana de seu alvo numa mesa de poker. Claro que muita coisa vai rolar e nem tudo vai sair como planejado.

Bond encontra seu primeiro grande desafio, descobre que não é tão bom assim e encontra a mulher de sua vida (como assim?) - todos os elementos que irão moldar sua personalidade cínica e fria, explorada em seus 20 filmes anteriores.

Para quem pensa que a história é simples, espere só para se ver perdido por quase toda a primeira hora do filme, quando o agente junta cacos de uma pequena missão em busca de algo grande e corre mais que Mel Gibson em Máquina Mortífera para impedir uma tragédia. É ação ininterrupta e realista, violenta, mas classuda. Como todo o filme.

Mas nem tudo são louros. A abertura brega, marca registrada da série, continua lá - e com uma canção horrorosa na voz de Chris Cornnel, vocalista do Audioslave. E a meia hora final perde um pouco do ritmo e o filme acaba sendo um tanto logo.

Entretanto, nada disso compromete o resultado final. Pode anotar, Cassino Royale é o melhor filme de 007 em décadas e Daniel Craig, a despeito de não se parecer com o padrão cinematográfico do personagem, deu banho em todos os que vieram antes dele e depois de Connery.

Belo começo para uma nova época e, assim como em Batman Begins, fica a pergunta: "Por que não fizeram assim antes?".

Comentários

Anônimo disse…
Sempre vi os filmes de Bond, é diversão garantida. Se não no cinema, ao menos em DVD/VHS, exceto os 2 filmes com Timothy Dalton (que pretendo jamais assistir). A escolha do rapaz também foi reprovada por mim mas parece que, a despeito da louricie, o guri se esforçou...Vamos conferir, claro.
Unknown disse…
Ai, Antônio... Sei não... Dá uma meda. Você garante meu dinheiro de volta?

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