Coisas para fazer no feriadão...

Devido ao feriadão, o Eudiário entrará em recesso até a próxima quarta-feira. Mas nada de preocupações. Este blog deixará algumas dicas para que o fim de semana prologado fique recheado de cultura e coisas boas.

Algumas boas produções estão estreando nesta sexta-feira e outras já estão em cartaz há algum tempo - e merecem indicações.

Marcas da Violência, de David Cronenberg (A Mosca), conta a história de um cidadão pacato que se vê forçado a matar para proteger sua família. O cidadão em questão é Viggo Mortensen, o Aragorn de O Senhor dos Anéis, que demonstra ter uma certa habilidade com armas de fogo - aparentemente desconhecidas.

O coitado vira herói e vê a possibilidade de seu mundo ruir quando o passado volta para assombrá-lo. Belíssimo trabalho de Cronenberg, que discute a atração da violência e que balançou Cannes e esgotou ingressos na Mostra Internacional de São Paulo este ano.

Cidade Baixa, estréia na direção do cineasta baiano Sérgio Machado. Dois amigos - Lázaro Ramos e Wagner Moura, excelentes - se apaixonam pela mesma mulher, a prostituda Karina (vivida pela talentosa e linda Alice Braga).

A história se passa em Salvador, no bairro baiano que batiza o filme, e mostra um mundo marginal onde prostituição, sujeira e pobreza são os elementos do dia-a-dia.

Atuações de primeira (parabéns mais uma vez a Fátima Toledo) equilibram o roteiro um tanto fraco e dão brilho a essa produção bem cuidada que é feliz na ousadia e na escolha dos atores e ainda guarda pequenas semelhanças com Cidade de Deus (justamente onde Fátima Toledo ganhou notoriedade).

Manderlay, de Lars Von Trier, é a continuação/sequência do aclamado (ou não) Dogville, de 2003. Outro que fez bastante sucesso na Mostra Internacional de Cinema. Como anteriormente, a protagonista Grace (agora vivida pela estreante Bryce Dallas Howard) vai procurar refúgio no interior da América e encontra uma cidade (Manderlay, do título) que ainda escraviza negros.

Mais uma vez, dona Graça vai passar por alguns perrengues e vai recorrer à ajuda do papai gangster. Um retrato não muito bonito da sociedade americana, saído da ótica de um cineasta dinamarquês - o que, até certo ponto, o invalida. Mas ainda assim um bom trabalho de direção de atores.


E antes que eu esqueça: sim, os cenários são imaginários, mais uma vez.

Cinema, Aspirinas e Urubus, estréia na direção do pernambucano Marcelo Gomes. O grande vencedor da Mostra Intenacional de Cinema, merece destaque. O filme levou sete anos para ser completado e conta uma história inusitada, baseada num fato real.

Em 1942, um alemão que fugiu da guerra roda o sertão do Nordeste vendendo um remédio milagroso: aspirina - para isso, projeta num telão um comercial do medicamento. Nesse meio-tempo, conhece um um retirante que foge da seca e juntos desenvolvem uma amizade que culmina num filme leve e bonito que homenageia o próprio cinema.

O Galinho Chichen Little, da Disney. Se seu negócio é animação ou se seu filho, sobrinho ou irmãzinho da namorada não largam do pé, esta é a melhor opção.

Primeira produção dos estúdios criados pelo falecido Walt Disney totalmente feita em computação gráfica, O Galinho (imbecilmente batizado no Brasil junto com o título em inglês) conta a história de um pinto que diz que o céu está caindo e com isso se torna alvo de chacota, comprometendo seu próprio futuro como herdeiro da posição do pai.

Apesar de ser feito em computação gráfica, não tem o sarcasmo nem o roteiros voltado para um público mais velho. O filme quer pegar a garotada mesmo - e é aí que está o seu mérito.

Leva o guri lá.

Agora, se seu negócio é leitura, corra até as bancas.

Ex Machina - Estado de Emergência - Uma minissérie encadernada pela Panini Comics que mostra a história de um herói que desiste de sua carreira para ingressar no mundo da política - o cara é simplesmente o prefeito de Nova York!

Escrita por Brian K. Vaughan (Fugitivos) e brilhantemente desenhada por Tony Harris, Ex Machina é HQ para gente grande e foi premiada com dois Eisner Awards, o Oscar dos quadrinhos americanos - Melhor Nova Série e Melhor Roteirista.

Não gostou de nada acima? Ainda dá pra ficar em casa, pegar um vídeo na locadora ou assistir ao Supercine no sábado. Ou quem sabe ver The O.C. e Smallville no domingo, no SBesTeira.

Ah, ainda existe sol, praia e cerveja gelada para muitos - aqui tá um friozinho daqueles, mas o sol está prometido pela metereologia.

O quê?! Se chefe não liberou a segunda-feira? Pelo menos dá pra pegar um cineminha na segunda-feira e pagar um pouco menos pelo ingresso.

Até quarta-feira.

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