
Scott Pilgrim Contra o Mundo
Confira a HQ antes do filme
"Scott Pilgrim está feliz com sua preciosa vidinha. Aos vinte e poucos anos, esse canadense levemente excêntrico divide os dias entre o ócio do desemprego voluntário e os ensaios de sua banda de rock, a improvável Sex Bob-Omb".
Assim começa a introdução à obra do canadense Bryan Lee O'Malley, que chega ao Brasil pela Companhia das Letras, compilando os seis volumes originais em apenas três, e aproveitando a publicidade da adaptação cinematográfica, que estreia por aqui em 15 de outubro.
Se você já viu alguma das prévias da produção hollywoodiana, cheias de efeitos especiais e misturando linguagem visual de games com histórias em quadrinhos, mais ou menos sabe do que se trata o filme.
Mas, com certeza, você ficará impressionado mesmo ao descobrir que todos os elementos "inovadores" do filme de Edgar Wright já existiam na fonte.
Misturando mangá com games, literatura infanto-juvenil, kung fu e muito rock 'n roll, O'Malley conseguiu criar uma obra original e ao mesmo tempo familiar aos olhos do leitor, que logo se identifica com o protagonista e seus problemas.
Aliás, o retrato do jovem mediano canadense, com seus desejos e inseguranças, expresso em linguagem ágil e antenada é justamente o mote maior do texto da HQ - qualquer indivíduo em final de adolescência e/ou início da vida adulta se sente ou se sentiu como o jovem Pilgrim.
Na HQ, após ter a vida chacoalhada pela misteriosa Ramona Flowers, uma entregadora do e-Bay por quem se apaixona, Pilgrim descobre que terá que lutar com seus seis ex-namorados para ficar com o coração da moça. O grande problema é que todos eles têm superpoderes - como nos filmes, ou nos quadrinhos, ou nos videogames. O que você preferir.
Parece que O'Malley quer nos dizer que a juventude é isso mesmo - uma grande mistura de linguagens e simbolismos e que devemos passar por elas sem medo, como Pilgrim, o insólito e improvável herói, o faz.
Scott Pilgrim Contra o Mundo vol 1
Quadrinhos na Cia.
368 páginas
R$ 35 (em média)
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