AVATAR
O rei do mundo aposta alto e acerta (mais uma vez)

O que falar de Avatar que você já não saiba? Com uma campanha de marketing avassaladora, o oitavo longa-metragem de ficção do "rei do mundo" James Cameron (e sua maior aposta) praticamente se impôs a todo o planeta nos últimos meses.

"Mas e aí, o filme é isso tudo mesmo?" Essa parece ser a pergunta/dúvida geral.

Acabei de conferir Avatar numa sala 3D (de início, a contragosto, em versão dublada), e posso garantir sem medo que sim, o filme é tudo o que o diretor prometeu.

A partir do trailer e das prévias, já dava pra perceber que o roteiro de Avatar não seria nenhuma grande novidade. A impressão era a de que parecia uma mistura de Pocahontas com O Último dos Moicanos e Dança Com Lobos.

E é isso mesmo. O que não significa que o filme não seja original e surpreendente - quem conhece o talento para contar histórias do diretor, sabe que não vai se decepcionar.

Como em Titanic, Cameron pegou uma história batida e cheia de clichês e inseriu sua narrativa detalhista, moderna e arrojada. O que se vê na tela é um filme soberbo, dirigido com mão dura e com cada mínimo detalhe evidentemente planejado e bem executado.

O 3D não só é surpreendente como nos deixa atônitos e até, em alguns momentos, zonzos com tanta informação visual. Praticamente tudo no filme está em terceira dimensão. Numa cena, os marines se preparam para descer de uma espaçonave e cada soldado no corredor está destacado do cenário e se move de maneira que parece, realmente, estar à sua frente.

Personagens reais
E o CGI nunca foi explorado no cinema como em Avatar, pode acreditar. Pandora é uma maravilha da sétima arte. São tantos os elementos em cena que, em certo ponto, é praticamente impossível crer que se trata de uma floresta artificial.

Os Na'vi são impressionantes. Uma mistura de leopardo com humanos, trazem nos corpos traços de tribos africanas e de índios norte-americanos. Já nos costumes, parecem uma mistura de praticamente todos os indígenas do planeta.

Quando
Jake Sully, o protagonista, toma vida em seu avatar, vemos o quanto Cameron estava certo em dizer que finalmente a tecnologia permita a criação desses seres alienígenas. Mas é quando Neytiri surge que temos uma noção real da evolução do CG - você vai se pegar questionando se não se trata de uma atriz devidamente maquiada.

Vale destacar a presença de Sigourney Weaver como a bióloga Grace Augustine, não somente uma participação especial no filme, mas um personagem de peso na história, com todo seu carisma explorado - o que há muito tempo não se via.

E também Stephen Lang como o vilanesco-mas-humano coronel Miles Quaritch. Lang já havia feito uma participação soberba em Inimigos Públicos, de Michael Mann, mas seu coronel Quaritch tem a complexidade e instinto de vingança que caracterizam os melhores vilões do cinema.

No mais, corra ao cinema para conferir Avatar. Mas se prepare para ir mais de uma vez à sua sala favorita, porque é impossível assimilar tudo o que o filme oferece em suas duas horas e 41 minutos.

Ah, só para registrar, a dublagem foi uma bela surpresa. A equipe está de parabéns. As vozes não só se encaixam perfeitamente nos personagens, como se parecem com as dos atores - quando passam a falar no idioma Na'vi, isso fica evidente.

De novo, parabéns à equipe de dublagem.

[ATUALIZADO]
Avatar arrecadou US$ 27 milhões nos EUA e Canadá, somente na sexta-feira. A previsão dos especialistas é de que o filme chegue a um mínimo de US$ 75 milhões em todo o fim de semana, podendo quebrar a barreira dos US$ 100 milhões em apenas três dias.

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