Corrida Mortal
Velozes e furiosos de verdade

O que acontece quando se junta um quase astro a um diretor de filmes quase-sucesso? A resposta é o divertido e despretensioso Corrida Mortal, refilmagem de clássico B de Roger Corman pelas mãos de Paul W. Anderson e Jason Statham.

O primeiro é responsável por algumas das produções que tinham tudo pra dar certo, mas que não vingaram - Mortal Kombat, Resident Evil, Aliens vs Predador.

O segundo, tem suas origens ao lado do cineasta inglês Guy Ritchie e começou bem em papéis secundários até se especializar em estrelar filmes de um mesmo personagem - o mocinho mal encarado e pau pra toda obra dos três Carga Explosiva e Adrenalina.

Em Corrida Mortal, Statham prossegue em sua jornada de "ator de um personagem só", mas entrega diversão na medida exata para adolescentes descerebrados e neo-nerds - que vibrarão com as homenagens ao clássico produzido por Corman em 1975 e estrelado por David Carradine e Sylvester Stalonne.

Delícia sangrenta
Statham é o estivador Jensen Ames, que é preso por ter matado esposa e filha e recebe uma proposta intrigante dentro da prisão: substituir o piloto Frankenstein, morto numa das provas da Corrida Mortal, o espetáculo televiso transmitido diretamente das instalações do presídio e que elimina seus participantes a cada fase.

A proposta é feita por Henessey, diretora do presídio e do programa de maior audiência da TV americana - uma Joan Allen (O Ultimato Bourne) claramente pagando as contas.

Desde o início, os clichês são claros e a trama é óbvia. Mas o filme consegue se segurar - talvez, justamente, por não fugir dessas "qualidades" - e as seqüências de perseguição são realmente muito boas e feitas à moda antiga.

Cabeças voam, braços são decepados e sangue jorra, literalmente. A cena da "locomotiva" é especialmente deliciosa para aqueles que cresceram se arrepiando e dando risadas com os massacres de Jason e Freddy Kruegger - astos das cine-séries Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo.

A versão que chegou aos cinemas tem quase uma hora a menos que a versão sem cortes. E, por isso mesmo, é inferior. Mas com um pouquinho de paciência você poderá conferir a versão integral do filme, mais violenta, sangrenta e deliciosa.

O filme ainda tem a beldade Natalie Martinez (na imagem acima), a atriz cubano-americana de 24 anos, como a co-piloto "picareta" de Ames, e o canastrão Tyrese Gibson (Transformers), como Joe "Metralhadora" Mason, um detento movido por vingança, que quer matar Frankenstein a qualquer custo.

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