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Quatro bons lançamentos da Panini

Mês bom para os leitores DC e Marvel. Confira abaixo quatro boas aquisições para este mês (e suas respectivas análises). Ah, e prepare o bolso porque vem mais por aí.

Batman & Spirit

O roteirista Jeph Loeb e o desenhista Darwyn Cooke se juntaram para prestar uma boa homenagem ao mestre Will Eisner e conseguiram produzir uma das HQs mais deliciosas dos últimos tempos.

O falso encontro entre a criatura de Bob Kane e o detetive paladino e bem humorado de Eisner só não é melhor porque não tem verdadeiramente o dedo do mestre, morto em janeiro de 2005.

Papel decente, formato americano, 52 páginas, preço camarada e a presença de praticamente todos os vilões do universo do homem-morcego. Ao final, o anúncio da nova série de Spirit em formato de minissérie.

Superman 64 - O Último Filho

Finalmente, começa a ser publicada por aqui O Último Filho, saga idealizada e escrita pelo cineasta Richard Donner (Superman, Máquina Mortífera) e pelo roteirista Geoff Johns.

De acordo com Donner, em algumas entrevistas, a saga era a sua idéia para o roteiro de Superman III, mas, como já se sabe, o coitado nem pôde terminar o segundo filme.

Histórias à parte, O Último Filho está mais para uma minissérie do que para uma saga dentro da cronologia do personagem - apesar de ser tratada como. Um dia, uma espaçonave alienígena cai em pleno centro de Metrópolis. Em seu interior, um menino, aparentemente kriptoniano.

Como é de se esperar, Lex Luthor e o governo americano fazem de tudo para capturar a criança, que acaba adotada por Clark Kent e Lois Lane. Mas isso é apenas o começo.

O Último Filho marca também a estréia do desenhista Adam Kubert na DC Comics (filho do lendário Joe Kubert e irmão de Andy Kubert), que incorpora detalhes visuais da mitologia cinematográfica do personagem, com um ótimo resultado.

Um bom começo para aqueles que estão há muito tempo longe das HQs do kriptoniano.

Homem-Aranha 75 - Back In Black

E o amigão da vizinhança passa por mais uma fase bagunçada. Desta vez, dando continuidade aos eventos de Guerra Civil, o maior herói da Marvel se vê compelido a adotar novamente o uniforme negro que tanto amaldiçoou sua vida.

Não à toa, a nova fase saiu lá fora no ano passado, justamente no período em que Homem-Aranha 3 chegava aos cinemas. Mas, deixando de lado os apelos comerciais, A Volta do Uniforme Negro (Back In Black, no original) é uma saga que não só faz todo sentido depois de Guerra Civil, como também mostra um personagem em evolução constante - talvez a característica maior do Homem-Aranha nos quadrinhos.

Depois do fim da guerra entre os super-heróis, da rendição do Capitão América e da obrigatoriedade dos superseres se registrarem, Peter Parker tenta sobreviver na clandestinidade juntamente com sua esposa Mary Jane e sua tia May.

Até que um atirador tenta matá-lo e acaba atingindo a velhinha mais querida do universo Marvel. Num beco sem saída e já sem paciência, Peter deixa as piadinhas e o bom comportamento de lado e resolve encontrar o mandante do crime, custe o que custar.

Boa premissa para uma saga que é o comecinho da polêmica Um Dia a Mais, quando os editores do personagem resolvem mudar de vez a cronologia do aracnídeo com um verdadeiro chute no balde.

Novos Vingadores 49 - A Morte do Sonho

A imagem da capa já diz tudo. Depois de se render no último capítulo de Guerra Civil, Steve Rogers, o Capitão América, é levado a julgamento. Culpado ou inocente do quê mesmo? A história tem roteiro fenomenal de Ed Brubaker e arte de Steve Epting e Frank D'armata.

Se há muito tempo você não lê uma história do personagem, leia esta. É fantástica! Pela capa, você já sabe o que vai acontecer, mas como vai acontecer é que são elas. Um complô mirabolante e mais que verossímil, envolvendo um velho e insistente inimigo.

Não perca. Apesar de ter saído no final de fevereiro, corra que ainda dá tempo de encontrar nas bancas.