
CONFERIDO!
Aquaman
Personagem ganha adaptação regular pelas mãos dos criadores de Smallville
Não é mais novade que a série televisiva Aquaman, criada pela dupla responsável por Smallville, Alfred Gough e Miles Millar, foi cancelada antes mesmo de seu episódio piloto ir ao ar.
Também não é novidade que seus criadores saíram em defesa da série, que se chamou inicialmente Mercy Reef, alegando que o piloto era muito bom.
Muito menos é mais novidade que o dito episódio está disponível para download no iTunes há pelo menos duas semanas.
Pois bem, feitas as observações, vamos ao que interessa. O Eudiário conferiu o piloto de Aquaman e conta tudo em primeira mão.
O episódio começa com Arthur Curry ainda garoto e sua mãe passeando de avião sobre nas proximidades do Triângulo das Bermudas. Um incidente acontece e o menino enfrenta sua primeira grande perda e tem que confrontar algo que parece vir em encalço. É também nesta cena de abertura que o garoto descobre que não pode morrer afogado e que se comunica com a fauna aquática.
A sequência é muito boa (para uma série de TV) e cria boas expectativas, que acabam não se cumprindo ao longo do episódio. A história avança dez anos e segue para Tempest Key, na Flórida, onde o jovem A.C. leva a vida contrariando seu pai, um capitão da Marinha vivido por um ressuscitado Lou Diamond Philips (La Bamba), e libertando golfinhos do cativeiro.
No aniversário de morte de sua mãe, A.C. recebe a visita de um estranho, que o chama de Orin e faz algumas revelações sobre o seu passado. O estranho é o ator Ving Rhames (Marcellus Wallace, de Pulp Fiction), completamente fora de lugar no filme, mas ainda assim uma alegria de se ver.
Nesse mesmo dia, o jovem Aquaman vai conhecer uma bela e ousada garota, que vai mostrar ter os mesmos interesses aquáticos do rapaz e ainda um segredinho mortal.
Pronto. Nada mais pode ser dito sem que comprometa a trama. O que posso dizer é que Aquaman é realmente um bom episódio piloto, comparável ao de Smallville, e que adapta muito bem o personagem a um ambiente adolescente, mas sem cair nas ciladas da série do jovem kriptoniano.
As cenas aquáticas são muito boas, apesar de serem poucas, e o jovem ator Justin Hartley, que interpreta Arthur Curry, convence como o protótipo de herói. O nado no estilo Homem do Fundo do Mar (lembra desse?) enche os mais velhos de nostalgia e deixa os mais novos intrigados.
A trama cheia de referências à mitologia de Atlantis e atrelada aos mistérios do Triângulo das Bermudas também é muito bem bolada. Mas o episódio amolece ao longo de seus 40 minutos e acaba rapidamente.
Poderia ser melhor, mas ficou muito bom. Quem sabe a Warner Bros,. não volta atrás...
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