
"Cadê seu queixo, Optimus Prime?"
CONFERIDO!
Transformers
Michael Bay acerta (finalmente)!
O que dizer sobre Transformers sem cair no óbvio?
O melhor filme da temporada? Não. Um grande filme? Sim, em se tratando de um blockbuster-pipocão-de-ação-aventura para consumir em duas horas de projeção e sair direto para a loja de brinquedos mais próxima para comprar o boneco baseado no personagem do filme.
E isso é ruim? De jeito algum.
Transformers é de longe o melhor filme do diretor Michael Bay, que parece ter trilhado sua estrada para chegar até aqui. Estão presentes na produção todos os vícios detestáveis do diretor - a trilha sonora de tecladinho mela-cueca, a edição psicopata, os furos no roteiro, os excessos visuais, a babação patriotada, a pieguice a despeito do emocionante etc.
Mesmo assim Transformers consegue passar por cima dos defeitos/erros/vícios e ser um filme extremamente direto e divertido, cheio de ação, humor e aventuda, que tem nos robôs alienígenas e no ator Shia LaBeouf seu grande trunfo.
A realidade com que os Autobots e os Decpticons são mostrados é inegavelmente o melhor trabalho da Industrial Light and Magic, a empresa de efeitos especiais de George Lucas, em anos. As cenas de batalha são grandiosas e a interação de atores reais com os personagens em CGI são fantásticas.
Mas é no jovem protagonista que Michael Bay acertou em cheio mesmo. LaBeouf carrega o filme nas costas, literalmente. É por causa dele que você não acha absurdo um bando de robôs bélicos inteligentes separados entre bonzinhos e malvados.
O moleque que despontou em Constantine ao lado de Keanu Reeves, e que é hoje a maior promessa de Hollywood (já está à toda no novo Indiana Jones), faz de Transformers um filme leve, engraçado e delicioso de ser visto.
E seu personagem não é o gênio incompreendido ou gostosão da vez, mas apenas um adolescente que precisa tirar notas boas para ganhar um carro de presente do pai e impressionar a garota dos sonhos - a deliciosa Megan Fox. Lembra muito as primeiras produções de Steven Spielberg, aqui atuando como produtor executivo.
É impossível não torcer por Sam, como é praticamente impossível não gostar do filme - finalmente, um ponto positivo na carreira cinematográfica de seu diretor.
E, depois das decepções de Piratas do Caribe 3 e Quarteto Fantástico 2, nada como uma produção para sentar na poltrona com um balde gigante de pipoca e fugir da realidade por duas horas mágicas. Corra pro cinema.
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