Atividade Paranormal
Terror pós-Bruxa de Blair consegue arrepiar

Após uma campanha de marketing bem pensada que rendeu uma das bilheterias mais significativas do cinema americano este ano, chega ao Brasil o fenômeno Atividade Paranormal.

O filme do estreante Oren Peli, um israelense naturalizado americano, foi rodado originalmente em 2007 a um custo de, acredite se quiser, US$ 15 mil, e já faturou em torno de US$ 100 milhões desde sua estreia em 16 outubro.

Com narrativa bem semelhante a A Bruxa de Blair, que completou dez anos mês passado, Peli parece ter rezado na cartilha de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, diretores do filme de 1999, e conseguiu êxito justamente explorando os mesmos elementos de sua provável inspiração, aliados a conceitos de outras produções.

Na trama, um casal resolve filmar todas as suas noites de sono após alguns "eventos" sem explicação começarem a acontecer. Vemos a história correr através de uma única lente, sem música original e com som captado apenas pela câmera.

Algumas revelações desconcertantes sobre o passado dos dois vão surgindo ao mesmo tempo em que a curiosidade vai se tornando obsessão e o clima de terror vai crescendo sufocante, preparando o público para um final que pode não ser dos mais felizes.

Mesmo não atingindo o mesmo grau de realismo de Heather Donahue, que chegou a chorar pelo nariz de tanto medo em Blair, o casal de atores Micah Sloat e Katie Featherston, que também emprestaram seus nomes aos personagens, é bastante convincente, gerando uma identificação quase instantânea com o público.

Peli acertou em cheio com seu projeto, apesar de basicamente ter reciclado uma idéia - mas, até aí, é disso que os grandes estúdios praticamente sobrevivem. E, com um orçamento baixo (ou inexistente para os padrões americanos), fez um dos filmes mais assustadores do ano.

O projeto deu tão certo que uma sequência para 2012 já está em pré-produção.

Atividade Paranormal estreia no Brasil no próximo dia 4. Não perca.

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