
Dragon Wars
O samba do coreano doido!
Imagine o filme mais trash, lixo total e sem noção que você já viu na vida. Imaginou? Pois a produção coreana-para-estrangeiro-ver Dragon Wars (ou D-War) é muito, mas muito pior!
Alardeado no meio deste ano com um trailer de tirar o fôlego, cheio de efeitos digitais e imagens de cobras gigantes entre arranha-céus, a produção chamou a atenção de muita gente (inclusive do eudiário) e prometia ser um concorrente de peso para as produções americanas.
Eis que o filme estreou em setembro e qualquer pretensão ou ilusão foram por água abaixo. Dragon Wars é simplesmente HORRÍVEL!
O diretor da pérola é Hyung-rae Shim, ator/roteirista/diretor de mais de 100 comédias e filmes de ação asiáticos. O cara é uma celebridade em seu continente e Dragon Wars é sua tentativa de obter reconhecimento no mercado internacional. E, para isso, nada como conquistar o público americano, não?
Mas, apesar do sucesso em sua terra natal, Shim sofre de um pequenino problema: falta de talento - pelo menos é que se conclui depois de uma hora e vinte e seis minutos de pura porcaria.
A história é baseada numa lenda coreana que diz que o mundo será devastado numa nova era das trevas. Para evitar esse fim, um dragão do bem deve despertar através de uma garota e... Deixa pra lá!
Com apenas dez minutos de filme, o espectador tem certeza de que está diante de um Frankenstein porralouca, totalmente maluco! Há no filme ecos agudíssimos de Godzilla (versão americana), Senhor dos Anéis (o quê?!), Guerra nas Estrelas (hã?!), O Exterminador do Futuro (hein?!) e O Tigre e o Dragão - tudo misturado numa panela maluca, como se fossem uma coisa só.
Para melhorar a muqueca, adicione atores americanos desconhecidos e sem expressão como protagonistas (o mocinho se chama Jason Behr, um clone do Tom Cruise que fez outro lixo chamado Skinwalkers) e um bocado de atores conhecidos, mas em decadência como coadjuvantes - ressuscitaram até a primeira namorada de Richie Valens em La Bamba.
Com certeza, o pior filme já feito! Duvida? Então pague para ver.
Mas o mais lamentável mesmo é ver atores do quilate de Robert Forster, que teve a carreira ressuscitada por tarantino em Jackie Brown, defendendo o café da manhã numa coisa dessas.
Ah, os dragões nem mesmo são dragões. São, na verdade, versões gigantes de cobras najas que arrastam tudo por onde passam e somem por cenas inteiras, sem deixar vestígios. AAAAAARRGGHH...
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