Pearl Jam
Novo álbum nas lojas

O lançamento mundial do novo álbum do Pearl Jam aconteceu no último dia 2, terça-feira. O disco batizado apenas com o nome da banda traz 13 canções inéditas cuja característica comum é a energia.

Eddie Vedder e seus asseclas apresentam um rompante raivoso desde a primeira faixa, Life Wasted, passam pelo single World Wide Suicide (excelente) e estendem a fúria por praticamente todo o disco - algo quase inédito em bandas com muita estrada.

Só que o resultado final não agrada aos ouvidos, infelizmente, à primeira audição. Para quem conhece a discografia do grupo, as canções raivosas não são surpresa alguma. Em cada disco sempre há as que servem como abertura ou ponte.

No novo álbum, elas seguem até a terceira faixa, Comatose, uma cópia descarada de Spin the Black Circle, do disco de 1995, Vitalogy. Severed Hand, a quarta faixa, acaba soando como o verdadeiro início do disco. É ainda uma porradinha, mas com mais qualidade além dos gritos e guitarras.

Segue Marker in the Sand, faixa que vai desfilar fácil como uma das preferidas dos fãs. Mas a novidade na sonoridade do disco fica por conta de Parachutes, uma baladinha safada que remete a alguma coisa dos Beatles - deliciosa.

A faixa seguinte, Unemployable, foi lado B de World Wide Suicide e traz um arroz-com-feijão dos bons. Em seguida, o álbum retoma a porradaria com Big Wave e dá uma esfriada na sequência com Gone, uma canção no estilo já clássico da banda (se é que isso existe) - começa lenta, vai aumentando, explode e silencia de novo.

Uma vinhentinha de 53 segundos em que Vedder canta o refrão de Life Wasted acompanhado por um órgão de igreja marca o terceiro ato do disco. A partir de Wasted Reprise, o álbum fica mais melancólico e sombrio. A baticum Army Reserve, a balada com cara de Johnny Rivers, Come Back, e a longa e introspectiva Inside Job estão entre as canções mais belas do grupo, sem dúvida alguma.

O certo é que Pearl Jam, o disco, melhora a cada vez que é ouvido e deve perpetuar o status da banda de Seattle, sobrevivente do grunge, que caga-e-anda para a indústria fonográfica (e por isso mesmo é amada por ela) e adora os fãs.

Na dúvida, compre - apesar do abacate da capa. Vale a pena.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog