
Conferido!
Homem de Ferro
Marvel Studios acerta em cheio em sua primeira produção
Meu maior receio em assistir a Homem de Ferro era chegar ao cinema e descobrir um filme completamente diferente do que sua campanha de marketing massiva pregava.
Cheguei realmente a acreditar que ia me deparar com uma daquelas bombas hollywoodianas cheia de efeitos especiais, sem nenhum respeito à fonte original e dirigida a um público sem cérebro.
Esse receio tem um culpado e ele se chama Motoqueiro Fantasma, aquela monstruosidade infantilizada estrelada por Nicholas Cage no ano passado.
Deixando os receios de lado, qual não foi a minha surpresa ao me deparar com uma aventura de primeira, com tons de espionagem, humor bem colocado, efeitos especiais impressionantes e um anti-herói com carisma acima da média!
Homem de Ferro é o primeiro tiro independente do Marvel Studios. A editora cresceu, ganhou muito dinheiro e agora manda e desmanda nas adaptações de suas crias. Nada mais justo, não?
Pois a liberdade tão almejada pode ser conferida já nesta primeira empreitada. Estão mais que de parabéns o diretor Jon Favreau, o produtor Avi Arad, o ator Robert Downey Jr. e todo o elenco estelar – com alguns louros a mais a Jeff Bridges.
O que mais vai impressionar os mais escolados é a fidelidade do roteiro aos quadrinhos e a preocupação em manter o conteúdo criado nos idos dos anos 1960 atual.
Por exemplo, a mansão de Stark, que nos quadrinhos sediava o QG do grupo Vingadores, foi deslocada de Nova York para a Califórnia e o mordomo Jarvis se tornou um programa avançadíssimo e interativo de manutenção da casa.
E, no lugar do Vietnã, entra o Afeganistão.
Na trama, idêntica à criada pelo mestre Stan Lee, Tony Stark, o cientista espacial, milionário da indústria bélica, é seqüestrado, adquire um ferimento fatal e é forçado a construir um míssil para um grupo terrorista.
Nesse aperto, o homem de negócios sem escrúpulos vai repensar sua trajetória e descobrir um novo sentido para sua vida. A partir daí, começa a nascer o herói.
Anti-herói carismático
Anti-herói seria a alcunha mais apropriada para o Homem de Ferro. Afinal, Stark não tem os requisitos necessários/exigidos para ser um mascarado. É egoísta, mulherengo, não tem superpoderes, não sai em socorro de chamados de polícia, nem carrega o mundo nas costas (pelo menos, não agora).
E quando o Homem de Ferro tem que liberar seus raios repulsores para proteger inocentes, que os criminosos saiam de perto – e esse foi um ponto realmente satisfatório de se ver.
O diretor Jon Favreau acertou em cheio ao chamar Robert Downey Jr. para o projeto. Ele conduz o fio da trama, traz humor ácido ao filme (do início ao fim) e ainda torna crível a idéia de um homem vestir uma armadura nuclear e sair voando por aí.
O resto do elenco cumpre bem o seu dever. Até a insossa Gwyneth Paltrow satisfaz como a assistente Pepper Potts. Jeff Bridges está fabuloso e com de vilão mesmo, como o sócio Obadiah Stanes, e Terence Howard traz uma certa delicadeza ao seu personagem, o militar James Rhodes, melhor amigo de Stark e que vestirá a armadura no futuro.
Em relação à ação, a seqüência em que o vingador dourado acaba com um acampamento terrorista é simplesmente fantástica e o quebra-pau com o Monge de Ferro, se não impressiona tanto, com certeza está acima da média dos filmes de ação.
Pra terminar, há muitas referências à mitologia original e várias deixas para uma seqüência, a melhor delas diz respeito à Shield.
Se tivesse sido feito em 2002, Homem de Ferro provavelmente seria um recordista de bilheteria. Como foi feito seis anos depois, é apenas um filme muito bom e que deve ser visto mais de uma vez.
Mas até aí, até que não é um mau começo, não é mesmo?
Homem de Ferro
Marvel Studios acerta em cheio em sua primeira produção
Meu maior receio em assistir a Homem de Ferro era chegar ao cinema e descobrir um filme completamente diferente do que sua campanha de marketing massiva pregava.
Cheguei realmente a acreditar que ia me deparar com uma daquelas bombas hollywoodianas cheia de efeitos especiais, sem nenhum respeito à fonte original e dirigida a um público sem cérebro.
Esse receio tem um culpado e ele se chama Motoqueiro Fantasma, aquela monstruosidade infantilizada estrelada por Nicholas Cage no ano passado.
Deixando os receios de lado, qual não foi a minha surpresa ao me deparar com uma aventura de primeira, com tons de espionagem, humor bem colocado, efeitos especiais impressionantes e um anti-herói com carisma acima da média!
Homem de Ferro é o primeiro tiro independente do Marvel Studios. A editora cresceu, ganhou muito dinheiro e agora manda e desmanda nas adaptações de suas crias. Nada mais justo, não?
Pois a liberdade tão almejada pode ser conferida já nesta primeira empreitada. Estão mais que de parabéns o diretor Jon Favreau, o produtor Avi Arad, o ator Robert Downey Jr. e todo o elenco estelar – com alguns louros a mais a Jeff Bridges.
O que mais vai impressionar os mais escolados é a fidelidade do roteiro aos quadrinhos e a preocupação em manter o conteúdo criado nos idos dos anos 1960 atual.
Por exemplo, a mansão de Stark, que nos quadrinhos sediava o QG do grupo Vingadores, foi deslocada de Nova York para a Califórnia e o mordomo Jarvis se tornou um programa avançadíssimo e interativo de manutenção da casa.
E, no lugar do Vietnã, entra o Afeganistão.
Na trama, idêntica à criada pelo mestre Stan Lee, Tony Stark, o cientista espacial, milionário da indústria bélica, é seqüestrado, adquire um ferimento fatal e é forçado a construir um míssil para um grupo terrorista.
Nesse aperto, o homem de negócios sem escrúpulos vai repensar sua trajetória e descobrir um novo sentido para sua vida. A partir daí, começa a nascer o herói.
Anti-herói carismático
Anti-herói seria a alcunha mais apropriada para o Homem de Ferro. Afinal, Stark não tem os requisitos necessários/exigidos para ser um mascarado. É egoísta, mulherengo, não tem superpoderes, não sai em socorro de chamados de polícia, nem carrega o mundo nas costas (pelo menos, não agora).
E quando o Homem de Ferro tem que liberar seus raios repulsores para proteger inocentes, que os criminosos saiam de perto – e esse foi um ponto realmente satisfatório de se ver.
O diretor Jon Favreau acertou em cheio ao chamar Robert Downey Jr. para o projeto. Ele conduz o fio da trama, traz humor ácido ao filme (do início ao fim) e ainda torna crível a idéia de um homem vestir uma armadura nuclear e sair voando por aí.
O resto do elenco cumpre bem o seu dever. Até a insossa Gwyneth Paltrow satisfaz como a assistente Pepper Potts. Jeff Bridges está fabuloso e com de vilão mesmo, como o sócio Obadiah Stanes, e Terence Howard traz uma certa delicadeza ao seu personagem, o militar James Rhodes, melhor amigo de Stark e que vestirá a armadura no futuro.
Em relação à ação, a seqüência em que o vingador dourado acaba com um acampamento terrorista é simplesmente fantástica e o quebra-pau com o Monge de Ferro, se não impressiona tanto, com certeza está acima da média dos filmes de ação.
Pra terminar, há muitas referências à mitologia original e várias deixas para uma seqüência, a melhor delas diz respeito à Shield.
Se tivesse sido feito em 2002, Homem de Ferro provavelmente seria um recordista de bilheteria. Como foi feito seis anos depois, é apenas um filme muito bom e que deve ser visto mais de uma vez.
Mas até aí, até que não é um mau começo, não é mesmo?
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