Na Locadora
O Senhor das Armas
SENHOR FILMAÇO!!!

Assisti a O Senhor das Armas no último domingo e confesso que estou babando até agora. O filme é simplesmente (perdão pela tiradinha) MATADOR! Só a sequência de abertura, que mostra a "vida" de uma bala de fuzil AK-47, desde sua fabricação até atingir um alvo vivo, vale o filme.

O diretor de O Senhor das Armas (Lord of War, no original) é o estreante Andrew Niccol. Estreante na direção, diga-se de passagem, pois Niccol é responsável pelo roteiro de três filmes que considero verdadeiras pérolas, Gattaca, O Show de Truman e O Terminal (a melosidade é culpa de Spielberg).

Em O Senhor das Armas, Niccol se aliou a Nicholas Cage (que está perfeito, apesar da peruquinha) para contar a história real dos traficantes de armas de alto escalão (o quê?) que surgiram no início dos anos 1980.

Com o fim da guerra fria, a extinta União Soviética ficou com um verdadeiro mega-arsenal de armas à deriva. O que aconteceu? Negociadores de armas entraram na brincadeira e começaram a comercializar essas armas com repúblicas da África e países do terceiro mundo.

Daí para países como Estados Unidos e Inglaterra entrarem na jogada foi um pulo.

O filme narra a história de Yuri Orlov (Cage), um ucraniano radicado nos EUA que descobre no negócio de venda de armas sua verdadeira vocação. A trama mostra sua evolução como traficante, sua luta com a concorrência e com o agente do FBI que o persegue (vivido pelo excelente Ethan Hawk) e seus conflitos pessoais com o irmão mais novo e sua esposa que não sabe de nada.

Além do plot, há um retrato do tráfico internacional de armas que choca qualquer um e informações oficiais sobre a participação dos países que formam o Conselho de Segurança da ONU nessas vendas.
Excelente, cinco estrelas "crasse A". Merecia Oscar.

Comentários

Anônimo disse…
Vi este filme no cinema e, confesso, saí decepcionado, tanto que, apesar de sua crítica tão elogiosa, não me animo a assisti-lo de novo, em casa, para ver se rola uma segunda leitura. Para mim, há na película uma permanente e acintosa tentativa de parecer "engraçadinho", a partir da seqüência inicial - puro humor negro; ando meio sem estômago para estas coisas.

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